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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Começou o ano - Tradição em Verde, Branco e Grená









Tricolores de sangue grená, o ano começou. Agora capturem a seguinte imagem em suas mentes: um pasto, um jogo à noite, muito longe de casa, um árbitro com histórico recente de lhes prejudicar, desfalque em cima da hora, sendo somado aos naturais dois desfalques que seu time já sofria, uma estréia da competição internacional mais importante do ano até o momento, a qual vocês perseguem como objetivo maior de conquista... e ainda assim, o triunfo. O cenário, longe de ser ficção, foi o que todos os tricolores viram na Venezuela ontem, na partida inaugural contra o Caracas. Notem, o Caracas é o atual campeão venezuelano, e está em quinto lugar em seu campeonato. Se não é um time de ponta no cenário sul-americano, também não é a baba do boi cansado. Deu para perceber que eles mesmos tinham alguns jogadores de alguma técnica, mas que também foram prejudicados pelo pasto. Contra um time mais modesto, em um gramado melhor, acredito que eles conseguiriam um bom resultado. Mas contra um time melhor, em qualquer gramado, principalmente se esse time for o FLUMINENSE, não houve maneira. Quando jogarmos contra eles aqui, no Engenhão, eles desenvolverão duas vezes melhor seu futebol. E nós trinta vezes. Essa é a distância entre ambas as equipes, a ponto de o próprio presidente do Caracas reconhecer isso. A Libertadores é a nossa meta, a ponto de o próprio Abel ontem dar uma declaração dizendo que pode, sim, deixar o Carioca de lado pela Libertadores. E é exatamente isso que temos que fazer! Para onde irá nos levar mais um título estadual? A lugar algum! Sabemos que esse papo de “hegemonia” não existe. Estamos empatados com a mulambada, e só aqueles que não sabem contar discordam. Além disso, ficamos quase 100 anos à frente na contagem de títulos. Por que vamos nos preocupar com isso agora? A Libertadores irá nos levar a muitos lugares. A outro patamar. Ao respeito nacional e internacional ainda mais acentuado. E, finalmente, ao Mundial. Ao sonhado bi.

Não vou mentir, galera. O jogo foi horroroso. Se não fosse o Fluminense e se eu tivesse pago ingresso, eu ia querer meu dinheiro de volta. Mas foram as condições que o gramado nos proporcionou. Mostramos quem somos no primeiro tempo. Fred, como sempre, fez a diferença e finalizou como só o melhor artilheiro do Brasil sabe fazer, após jogada que ele mesmo tramou, que resultou em chute do Sóbis que a zaga do Caracas amaciou. Tivemos várias chances. Euzébio poderia ter feito gol, o próprio Fred teve algumas chances, mas não passou do placar mínimo. Infelizmente, o campo nos fez de vítimas e no segundo tempo foi difícil conter a correria que o Caracas apresentou. O próprio técnico do time venezuelano fez o possível pra equipe dele ir pra frente, tentando empatar numa bola vadia, no “abafa”. Ainda assim, o Flu teve uma chance de ouro com Wellington Nem, que esteve mal. Ele preferiu matar a bola em vez de cabecear pro gol, e não ampliamos. No finzinho, o maldito colombiano soprador de apito interpretou um chutão pra trás do Valencia como recuo, e deu tiro livre indireto para o Caracas. Mas a justiça foi feita e a bola foi chutada para fora. Nossos primeiros três pontos, importantíssimos pelas circunstâncias, foram conquistados. Agora é esperar os demais jogos e estar presente no dia 20 de Fevereiro ao Engenhão para empurrar o Flu em busca de mais uma vitória. Eu já comprei meu ingresso. E você?






“Mas poxa, Aloisio, você não vai falar dos jogos do Carioca?” – Ah, daqueles jogos-treinos? Tudo bem, se vocês insistem. Tivemos um jogo-treino contra o Quissamã em Macaé. O primeiro gol foi do Jean, de falta. O segundo foi de Wagner, em bela jogada e bela finalização. E o terceiro foi do Fredão, batendo pênalti duvidoso. Três a zero. Goleada num time minúsculo que só foi marcar o primeiro gol no campeonato na rodada passada. Acho que basta.






O clássico contra o Vasco merece um pouco mais da minha atenção como escritor, até em respeito ao clube de São Januário. O Vasco jogou defensivamente, a meu ver, e explorou os contra-ataques, algo que fez bem em boa parte do tempo, pois tem um bom jogador para isso, o Eder Luis. Todavia, nós atacamos mais, perdemos várias chances com o Fred, principalmente, muito por conta da atuação de gala do goleiro Alessandro. Não sei o que se passa com esse rapaz. Contra os mulambos, leva quatro gols. Contra o Fluminense, fecha o gol. Incompreensível. O Vasco abriu o placar com gol contra de Jean, em jogada de escanteio – muito embora eu tenha visto falta sobre o volante do Flu. O placar era injusto dado o volume do jogo do Flu no primeiro tempo. No segundo tempo, o Vasco teve mais posse de bola que na primeira etapa, até por conta das substituições que não deram muito certo, principalmente Felipe, que, tirando uma enfiada de bola sensacional, não jogou nada. Mas... quem tem Fred não morre pagão, e Frederico estava lá, para conferir de cabeça no canto o ÚNICO cruzamento certo do Carlinhos no ano inteiro. Duvido que acerte outro. Aposto dinheiro vivo com quem quiser. Gostaria de queimar a língua, mas é difícil. O placar final de 1 a 1 acabou sendo justo pelo mérito defensivo do Vasco no goleiro Alessandro, que se mantiver atuações similares às desse jogo será eleito o melhor goleiro do estadual com alguma facilidade.



● Verde da Esperança

- Parabéns aos meninos do Flu! Fluminense campeão mundial sub-18! Tem que aturar!
- Ninguém se machucou nesse jogo contra o Caracas. Aleluia.
- Que defesa foi aquela na puxeta do atacante do Caracas, hein? Cavalieri é o cara.
- Frederico fez três gols nos três últimos jogos. Tá bom pra você?
- Gostei da atuação do Bruno contra o Caracas no primeiro tempo. Concorrência faz bem!

● Branco da Paz

- Casa cheia dia 20. Sem mais.
- Para os críticos de nossa vitória magra na estréia, vejam como Boca Juniors e Vélez estrearam...
- Muito bom saber que estamos priorizando a Libertadores. Nada mais justo.
- Parabéns aos tricolores de Roraima que foram prestigiar o Flu na Venezuela!


● Grená do Vigor

- Monzón já! Avenida Carlinhos nunca mais!
- Edinho, meu filho... você não pode ser o Gérson (Canhotinha de Ouro) nos passes de trivela e ser o Ygor nas antecipações... se decide meu filho.
- Wellington Nem e Marcos Jr. nada renderam. Abel leu mal pacas o jogo. Esse campo nunca os favoreceria. Eu entraria com o Michael no lugar do Nem no segundo tempo.
- Anderson e Leandro Euzébio batendo cabeça no segundo tempo... volta, Gum!
- Abel, gostei da ousadia de pôr o time ofensivo, mas leva o máximo de apoiadores pro banco da próxima vez, tá bem? Aprenda que o Sóbis NÃO É apoiador!


Vamos em busca da América! Acredita, Fluzão!







Sobre o autor: Aloisio Soares Senra é professor de Inglês do Município do Rio de Janeiro desde 2011, e torcedor do Fluminense desde sempre. Casado, é carioca da gema, escritor, jogador de RPG, entre outras atividades intelectuais.





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