Tricolores de sangue grená, que peleja! Companheiros de luta e de glória, foi uma daquelas partidas das
quais nos lembraremos para sempre. Na
peleja incruenta e de paz, o Fluminense demonstrou, mais uma vez, as suas
virtudes. Se disputamos no campo a
vitória, o nosso adversário também a disputou, com gana. E ela veio, dos
pés do mais forte, mais destro e sagaz
entre os nossos jogadores: Wellington Nem. Vejam, ele recebeu a bola no campo
de defesa, e se livrou de seu marcador com um drible de corpo espetacular. São
jogadas como essa que ressuscitam
heróicas lembranças dos olímpicos jogos de outrora. Sua arrancada foi ainda
mais sensacional, e nenhum marcador foi capaz de pará-lo. Perto da área, estava
ele, o matador, pronto para marcar um
bom goal, nosso tiro de morte, pois nossas
bolas são nossa metralha, e Fred é o artilheiro do Brasil. Depois do gol,
Wellington Nem ainda teve a chance de passar outra bola a Fred, mas foi
fominha. Contudo, não houve desentendimento entre eles, pois nossas liças de atletas são mansas. A
expulsão de Nei, no segundo tempo, foi decorrente das várias escapadas do nosso
endiabrado atacante, como as querem os
tempos de agora. Infelizmente, nem sempre não nos cega o furor da batalha, e Leandro Euzébio revidou uma
cotovelada recebida por Índio, e foi expulso. O soprador de apito não expulsou
Índio, cometendo um grave erro. Mas o Fluminense tem sido soberano no
campeonato. Com uma derrota apenas, supera os rivais mais fracos, e nem nos fere o rival, se é mais forte.
Superamos a quase todos, e isso se manteve no decorrer da partida. Seguramos a
vitória até o fim. Somos líderes. Nosso
nome cerquemos de glória! Agora o próximo desafio é contra a Portuguesa, no
Canindé. Já se ouve tocar a rebate o
nosso hino em toda a cidade. No próximo jogo, como em todos os outros, disputemos no campo a vitória. Vence o
Fluminense.
Deco, Marcos Jr. e Anderson foram liberados pelo
Departamento Médico para preparação física. Finalmente, não é? No próximo jogo,
ainda não os teremos, mas deveríamos fazer um esforço para recuperar pelo menos
o Deco. Com a contusão de Wágner (que torceu o tornozelo no começo do jogo
contra o Inter), ficamos desfalcados no meio-de-campo. Higor, que seria o
substituto natural de Wágner, foi liberado, de forma inexplicável, para
disputar o Torneio Otávio Pinto Guimarães. Bola fora. Agora, temos que
improvisar o Jean nessa vaga e aturar o Diguinho jogando onde o Jean jogava.
Pelo menos, no último jogo, o Diguinho não foi mal. Mas ele é uma incógnita.
Com o Euzébio fora mais um jogo por conta da expulsão infantil, Digão entra
novamente em seu lugar. Esperamos que ele não seja o estabanado Digão do 1º
tempo contra o Santos. Se eu fosse o Abel, promoveria a entrada de Edinho na
zaga e colocaria o Digão de volante. Ele me parece mais à vontade atuando nessa
posição. A arbitragem não foi mal no jogo contra o Inter, mas errou em alguns
lances pontuais, como um pênalti não marcado a favor do Fluminense, uma jogada
de impedimento errada do Wellington Nem que resultaria em gol, além da expulsão
unilateral do Euzébio e a “arregada” com o Dagoberto, que fez uma força absurda
pra ser expulso e continuou em campo. Pegamos agora a Portuguesa, que vem em
ascensão. É um jogo escamado, fora de casa, mas temos tudo para ganhar. E
precisamos ganhar, até para nos aproveitarmos de algum eventual tropeço do Galo
e abrir uma saudável vantagem, que fará diferença lá na frente. Vamos vencer,
Nense!
A imagem acima mostra onde será construído o novo CT do
Fluminense. Sim, meus amigos, a novela acabou. O CT sairá do papel. O
presidente Peter Siemsen costurou um acordo com a Prefeitura, que cederá
terrenos para os 4 principais clubes do Rio de Janeiro construírem seus Centros
de Treinamento. Originalmente, a idéia era do nosso presidente, mas o prefeito
disse que só aprovaria se esse benefício fosse estendido para os demais clubes.
Em contrapartida, os clubes deverão ceder seus centros esportivos para seleções
e delegações durante a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016. A prefeitura também
exigiu que os clubes auxiliassem na formação de jovens de escolas municipais
com a prática de esportes, o que é extremamente positivo. O preço é pequeno. É
claro que podíamos ganhar dinheiro alugando os CTs para quem quisesse
utilizá-los durante os eventos esportivos, mas aí teríamos que arcar com o
custo deles primeiro. Assim, acredito que a troca é bastante razoável e justa. E
mais uma vez, o Fluminense demonstra seu pioneirismo. Se nosso presidente não
se mexesse, nenhum dos outros clubes seria beneficiado. O terreno que será
cedido ao Fluminense se localiza na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca,
atrás do SESC, e tem 40.000 m². Além disso, a Ambev, através da cervejaria
Brahma, vai ajudar o Fluminense nas obras. Assim, a previsão é que o CT esteja
pronto em, no máximo, um ano. Essa é, provavelmente, uma das melhores notícias
que poderíamos receber na década. Significará um avanço muito grande para o
Fluminense. Ainda que os rivais também ganhem em estrutura, nós estamos mais
preparados para usufruí-la, e só faltará esse passo para que nos consolidemos
como potência. Agora só falta um estádio... e disso o Projeto Arena está
cuidando!
● Verde da Esperança
- Diguinho dessa vez não fez
faltas perto da área... e nem recebeu cartão.
- Fred decidiu. De novo.
- Wellington Nem é um dos melhores
segundos atacantes do Brasil. Está pau a pau com o Bernard, do Galo.
- Jean foi prejudicado pela
contusão do Wágner, mas esteve bem, como sempre.
- Gum foi um monstro de novo,
exceto por aquela falta violenta em que, merecidamente, foi advertido com
cartão.
- Diego Cavalieri parece um
cadáver no gol. Gelado. Inter pressionando, e o cara parecendo entediado, com
uma cara de quem acabou de acordar. Goleiraço.
● Branco da Paz
- Ganhar fora de casa é sempre bom.
Fomos ao Beira-Rio e pelejamos!
- Bruno está melhorando. Ao menos,
parece mais disposto.
- Perdemos o Wágner pro próximo
jogo, mas o problema dele não parece sério, felizmente.
- Deco deve estar pronto em breve.
Como sinto falta do futebol dele!
- Edinho não jogou muito, mas não
anda comprometendo. Ainda bem, pois o Valencia ainda é meu titular naquela
posição.
● Grená do Vigor
- Euzébio, por que você não caiu
quando tomou a cotovelada? Teria boas chances de marcar o pênalti claro do
Índio, e você não seria expulso. Deu mole.
- Nem, você deveria ter passado
aquela bola pro Fred na arrancada do segundo tempo... não passaríamos sufoco
com 2 a 0 no placar.
- Thiago Neves, jogou nada, hem
cara. Precisa aparecer mais. Só tendo você de meia, é a hora de chamar a
responsabilidade!
- Abel, entendi a boa intenção da
sua substituição, ao querer poupar o Nem, mas acho que foi bobagem tirá-lo.
Tirar o Fred e pôr o Samuel seria mais inteligente. Ainda teríamos o Nem pra
puxar os contra-ataques. Passamos sufoco desnecessário.
- Em tempo: cadê o Higor?
Precisamos dele, Abel!
Faltam 15 rodadas pra gritar “É campeão”! Acredita, Fluzão!
Sobre o autor: Aloisio Soares Senra é professor de
Inglês do Município do Rio de Janeiro desde 2011, e torcedor do Fluminense
desde sempre. Casado, é carioca da gema, escritor, jogador de RPG, entre outras
atividades intelectuais.
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