Tricolores de sangue grená, cá estamos nós, finalmente na liderança do campeonato. Desde o início, sabíamos que o time tinha plenas condições de alcançar esse posto. Ele demorou mais do que o habitual devido à excelente campanha do Atlético-MG no turno, a qual não vem sido mantida no returno e, por isso, o Galo perdeu pontos importantes nos últimos jogos. Eu cantei essa pedra, lembram-se?Estamos enfrentando problemas com o site. Ele foi contaminado mas é seguro navegar. Por isso algumas ferramentas de edição não estão funcionando. Por causa desse erros vamos reabri nosso antigo blog temporariamente. Agradecemos a compreensão dos tricolores!
A verdade é que o Atlético-MG não tem elenco. Nós temos. O
Grêmio não tem elenco. Nós temos. O único que tem elenco e poderia brigar
conosco de igual para igual, o Internacional, está 12 pontos atrás de nós e
sofre com desfalques nesse momento. Aliás, a terrível partida contra o Inter no
Beira-Rio no fim-de-semana ganhou ares de oportunidade única. Sem nove
titulares, o Inter é um time comum, jogando em seu estádio. E o Fluminense, um
dos melhores – senão o melhor – jogando como visitante, precisa se aproveitar
disso e conseguir os três pontos.
Ouso dizer, fazendo um prognóstico nada exagerado, que
podemos conquistar, com até alguma tranqüilidade, quinze pontos nas próximas
cinco rodadas: Inter (Fora) (mas todo desfalcado); Portuguesa (Fora), time sem
expressão; Atlético-GO (Casa), fazendo valer o mando de campo contra um
adversário desesperado; Náutico (Casa), já vencemos eles fora, podemos fazer o
mesmo aqui; e Flamengo (Fora). Somente o último jogo talvez não tenha um
prognóstico amplamente favorável por ser um clássico, mas convenhamos, o
Flamengo de hoje é sofrível. Se o Fluminense jogar com a autoridade dos últimos
clássicos, vence o jogo.
Com esses 15 pontos, galera, Estaríamos com 62 pontos no fim da 27ª rodada. Aí, é xeque-mate. A tabela do Atlético-MG é insossa: Palmeiras (Casa), São Paulo (Casa), Náutico (Fora), Grêmio (Casa) e Portuguesa (Fora). Difícil imaginá-los fazendo 15 pontos nesses cinco jogos. A tabela do Grêmio também não é nada agradável, embora esteja melhor que a do Atlético-MG: Corinthians (Fora), Náutico (Casa), Flamengo (Fora), Atlético-MG (Fora) e Santos (Casa). O que pode contar contra o Grêmio é o fato de ter um elenco limitado. Lembremos que jogar contra o Náutico em casa pode parecer fácil, mas esse time do Grêmio já perdeu da Portuguesa no Olímpico. Logo, não são favas contadas.
Com esses 15 pontos, galera, Estaríamos com 62 pontos no fim da 27ª rodada. Aí, é xeque-mate. A tabela do Atlético-MG é insossa: Palmeiras (Casa), São Paulo (Casa), Náutico (Fora), Grêmio (Casa) e Portuguesa (Fora). Difícil imaginá-los fazendo 15 pontos nesses cinco jogos. A tabela do Grêmio também não é nada agradável, embora esteja melhor que a do Atlético-MG: Corinthians (Fora), Náutico (Casa), Flamengo (Fora), Atlético-MG (Fora) e Santos (Casa). O que pode contar contra o Grêmio é o fato de ter um elenco limitado. Lembremos que jogar contra o Náutico em casa pode parecer fácil, mas esse time do Grêmio já perdeu da Portuguesa no Olímpico. Logo, não são favas contadas.
O jogo foi muito bom, mas muito bom mesmo. Poucas faltas,
arbitragem limpa (finalmente!), os dois times quiseram e jogaram muita bola.
Foi um dos melhores espetáculos nesse campeonato até então, com várias chances
de gol, jogadas bem tramadas e um show, principalmente do Fluminense, no
quesito organização tática. Desde o início do jogo, já era possível “sentir no
ar” que abriríamos o placar. O time chegava efusivamente, com muitos jogadores,
atacando e defendendo com igual eficiência. As jogadas pelo lado direito
estavam um pouco amarradas, pois só o Jean encostava no Bruno, e sempre havia
três marcadores inibindo as tabelas. Logo, as jogadas pelo lado esquerdo
mostraram-se mais efetivas, com ótimas triangulações entre Thiago Neves, Carlinhos
e Wagner (que revezava com o Jean, invertendo posições), aproveitando o espaço
dado pelo fraco lateral-direito do Santos. E foi numa dessas jogadas que saiu o
gol. Carlinhos serviu Jean, que cruzou para Wellington Nem, meio que de
carrinho, empurrar para o fundo das redes. 1 a 0.
O Fluminense martelava, tentando o segundo gol, mas numa
jogada quase despretensiosa e numa furada incrível do Digão, foi o Santos quem
marcou, com André, que sempre dá uma sorte incrível contra o Fluminense. A
falha do Digão foi um erro grosseiro, mas o Carlinhos deveria estar ali,
acompanhando o atacante. Assim, poderia ter chegado a tempo de travá-lo e
impedir o gol. De todo modo, o Fluminense seguiu melhor. Durante alguns
minutos, o Santos, empolgado pelo gol, tentou algumas investidas, mas sem
sucesso. E quando o primeiro tempo já se findava, Carlinhos avançou, tabelou
com Wágner que cruzou na medida para o pequenino Wellington Nem cabecear pro
gol. 2 a 1 Fluzão. Esse gol serviu de cala-boca para um certo comentarista de uma
certa rádio que disse que ele deveria ser chamado de “Wellington Nenhum”, por
não fazer gols.
Assim, o Fluminense foi para o intervalo vencendo. No
segundo tempo, o jogo ficou mais equilibrado, muito por conta das substituições
efetuadas por Muricy. Ele tirou Bill, que nada fez, para colocar o Patito
Rodriguez, que é um perigoso atacante. Também promoveu a entrada de Bernardo
(aquele mesmo, aquela mala que jogou no Vasco) e tirou um volante. Ainda assim,
o Fluminense resistiu e ofereceu perigo à meta do Santos várias vezes. Abel
viu-se obrigado a mexer no time quando Wellington Nem sentiu câimbras, e
promoveu a entrada de Rafael Sóbis. Wallace foi outro a entrar, substituindo
Carlinhos e jogando improvisado na lateral-esquerda, devido ao cansaço do lateral,
que correu bastante o jogo todo. O segundo tempo transcorria e não estava
fácil, mas em uma jogada, já depois dos 30 minutos, o Fluminense decidiu o
jogo. Samuel, que estava apagado, recebeu uma bola, dominou-a de forma até
desajeitada, e bateu pro gol. Sim, ele bateu pro gol, não cruzou não. E ela
morreu no ângulo do goleiro do Peixe, que nada pôde fazer. 3 a 1 Fluminense,
fim de jogo. Dali pro final, o Fluminense administrou o resultado, e Abel
trocou Thiago Neves por Fábio Braga apenas para ganhar tempo. O placar já
estava definido, e a liderança, também.
Muitos dos que vêem a ojeriza da torcida tricolor em relação
a Muricy Ramalho não entendem a profundidade do que ocorreu no episódio da
saída dele do clube. O boleiro não perdeu o nosso respeito por nos abandonar na
Libertadores com uma péssima campanha para treinar um elenco cheio de talentos
e em boa fase. Não. Ele perdeu o nosso respeito por ter saído como um rato.
Saiu porque viu que fez asneira, e não acreditava que o time pudesse ser
campeão. Saiu para outro time no qual “sentiu” que teria mais chances. E saiu
fazendo a única coisa que JAMAIS poderia fazer: ofender a instituição
Fluminense.
A época era difícil. Uma nova diretoria estava assumindo o
clube e as mudanças ainda estavam começando a ser implementadas (sala de
troféus e vestiário modernos, por exemplo, hoje são uma realidade, Burricy).
Muricy não quis saber. Achou-se maior que o clube, arrotando arrogância, dando
a entender que o único responsável pelo título brasileiro conquistado com o
clube havia sido ELE, e que sem ele, nada seria possível. Todos nós, os
tricolores de verdade, sabemos que aquele título atende pelo nome de Darío
Leonardo Conca. Muricy foi coadjuvante. Assim como foi coadjuvante ao pegar o
São Paulo montado pelo Cuca em 2006 e o Fluminense montado pelo Cuca em 2010.
Quando teve de assumir times em montagem ou em transição (Palmeiras em 2009 e
Santos agora em 2012), falhou miseravelmente, e vem mostrando ser um treinador
limitado. Logo, por tudo o que ele fez, é compreensível que não o suportemos. E
isso durará até o dia que ele se retrate de verdade pelo que disse, agindo como
homem uma vez na vida. Já que não tem caráter, ao menos assuma seus erros,
Muricy!
Antes de terminar, queria explicar o título da minha coluna.
Para aqueles que não sabem, remete a uma das citações mais fantásticas do
grande Nélson Rodrigues, a qual transcrevo abaixo:
“Acreditem: — o
Fluminense começou a ser campeão muito antes. Sim, quando saiu do caos para a
liderança. “Do caos para a liderança”, repito, foi a nossa viagem maravilhosa.
Lembro-me do primeiro domingo em que ficamos sozinhos na ponta. As esquinas e
os botecos faziam a piada cruel: — “Líder por uma semana”. Daí para a frente, o
Fluminense era sempre o líder por uma semana.”
(Chega de Humildade, Nelson Rodrigues, O GLOBO,
16/06/1969)
● Verde da Esperança
- Quem apostaria um real em Samuel
Rosa (agora só Samuel) há algum tempo, hein?
- Arbitragem excelente. Poderiam
escalar esse juiz mais vezes.
- Edinho, novamente, comeu a bola.
Ainda bem.
- Wellington Nem calou os que
diziam que ele não fazia gols.
- Jean monstruoso. Melhor segundo
volante do Brasil disparado, e já há algum tempo!
- Thiago Neves e Wágner demonstram
muita disposição e invertem lados o tempo todo. O Fluminense está batendo um
bolão, meus amigos!
● Branco da Paz
- Ontem deu quase 16 mil... mas
ainda podemos fazer mais, galera.
- A próxima rodada vai nos dizer
muito sobre os rumos do campeonato. Ganhar do Inter é possível.
- Não tivemos nenhuma baixa nesse
último jogo, e isso é extremamente positivo.
- Fred já deve voltar contra o
Internacional. Ótima notícia. Quero-o comendo a bola!
- Os garotos estão se desenvolvendo bem. Quando o momento é bom, a base se consolida.
- Os garotos estão se desenvolvendo bem. Quando o momento é bom, a base se consolida.
● Grená do Vigor
- Bruno, você precisa compreender
que sem velocidade nenhum lateral vai ao fundo...
- Carlinhos, jogou um partidaço,
mas o gol dos caras saiu na avenida que você deixou.
- Digão, por quê o nervosismo,
cara? No segundo tempo, você foi outro.
- Abel, quando tiver desfalques
na zaga, recue o Edinho. Digão atua melhor de volante. Edinho, melhor de
zagueiro.
Faltam 16 rodadas pra gritar “É campeão”! Acredita, Fluzão!
-- IMAGEM DO AUTOR –
Sobre o autor: Aloisio Soares Senra é professor de
Inglês do Município do Rio de Janeiro desde 2011, e torcedor do Fluminense
desde sempre. Casado, é carioca da gema, escritor, jogador de RPG, entre outras
atividades intelectuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário